Resenha: O Nome do Vento de Patrick Rothfuss

Primeiro volume de uma trilogia (apenas dois publicados até o momento), o livro do Patrick despertou-me interesse pelo seguinte: costumo seguir indicações para livros, e o parâmetro que me foi dado para este foi o de que era melhor que "As crônicas de gelo e fogo". Como o autor desse comentário era extremamente fã de GOT eu apostei minhas fichas nesse livro esperando não decepcionar-me. 

Um homem de passado misterioso muda-se a um vilarejo, abre uma pousada chamada "Marco do Percurso" e apresenta-se como Kote. Com exceção de seu aprendiz e ajudante na pousada, ninguém sabe sobre sua verdadeira identidade. Alguns fatos estranhos acontecem e Kote decide sair para investigar, mas então depara-se com um homem que o reconhece, sem escolhas, conta sua história a ele para que seja publicada.

Kote, recém-descoberto Kvothe, era um garoto pertencente a uma trupe que viaja se apresentando em diversos lugares. Numa dessas paradas um arcanista integra a trupe e compartilha de seus conhecimentos com o garoto, no entanto não tarda a demorar ele despede-se de todos e fixa-se em um local, aconselhando a Kvothe/Kote que tente integrar na Universidade. Se a partida do amigo já deixou o garoto desolado, o assassinato de sua trupe o deixa pior e desperta nele o sentimento de vingança.

Completamente só aos 12 anos de idade, Kvothe segue para um vilarejo, chamado Tarbean, e lá aprende duramente a lidar com a vida mendigo. Após três anos em Tarbean, ele decide partir rumo a Universidade e encontra-se com uma garota por quem se apaixona, a Denna. Seu caminho é arduo, mas ele consegue isenção de taxa escolar para o primeiro periodo. Kvothe passa a se virar para o sustento, passa por empecilhos e então seu caminho vive cruzando com o da Denna.

 "Mesmo assim eu continuava a ir lá. Por que? Porque, toda vez que ela me via, uma luz se acendia em seu interior e a fazia brilhar por um momento. Ela se levantava de um salto, corria para mim  e segurava meu braço. Depois, risonha, levava-me até sua mesa e me apresentava a seu acompanhante mais recente."

Determinado dia, Kvothe tem pistas de mais uma ação do grupo que matou seu pai: o Chandriano. Parte em busca de vingança, mas sem contar a ninguém, porque, para muitos, esse grupo é apenas uma lenda. Num massacre todos os presentes morrem, restando apenas uma vitima, e ele está disposto a absorver dela todos os detalhes do acontecido. Kvothe torna a encontrar com Denna e eles percorrem um longo caminho junto.

O livro é marcado por interludios, que são os momentos em que a narração da vida de Kvothe é interrompida e o cenário passa a ser a pousada, onde eles se encontram. O livro é extenso, possui 650 páginas,
mas prende o leitor do inicio ao fim. Estou louca para ler "O temor do sábio", o segundo volume da seroe;